Por Marcelo Camargo
Repouso é um estado de passividade em que o corpo e a mente não tem qualquer atividade e, assim, descansar preparando para novas ações.
Dessa forma, entendemos que recuperação é a restauração física e mental a seu potencial de rendimento total naquele momento.
O repouso e a recuperação deverão estar presentes no dia a dia do corredor após cada sessão de treino.
Não irei me prender a números, já que cada corredor irá recuperar em menos ou mais tempo que o outro. No entanto, é preciso entender que o período de tempo definido para que não ocorram sobrecargas desnecessárias ao organismo irá depender da qualidade física treinada e consequentemente dos sistemas energéticos utilizados durante o treino.
Treinos e provas intensas, assim como treinos e provas longas, necessitam de períodos maiores de recuperação e são fundamentais para a evolução e continuidade do processo de melhora. Ou seja, descanso faz parte do treinamento.
Segundo Dantas (1986), o período de transição é parte importante e fundamental em um macrociclo de treinamento, período este que se destina a proporcionar recuperação física e mental ao atleta após os extremos esforços a que se submeteu nas competições ocorridas nos períodos anteriores. Durante este período, a carga de treinamento será menos volumosa e menos intensa e deverá ser aplicada principalmente em atividades que não sejam específicas a sua. Isso quer dizer que devem-se realizar outras modalidades como, natação, ciclismo, esportes coletivos, aulas de ginásticas, dança ou outra qualquer e, dessa forma, ainda manter-se ativo recuperando fisicamente e também mentalmente.
Se nos opusermos a esse repouso, teremos um efeito contrário ao treinamento, definido como um processo que favorece alterações positivas. Com a continuidade de carga imposta começarão a surgir alterações negativas, descaracterizando tal conceito.
Há algumas recomendações para o período de transição depois da realização de uma maratona. Alguns sugerem que seja necessária uma interrupção completa de pelo menos 72 horas pós prova. Outros já consideram importante a realização de uma atividade de baixa intensidade no dia seguinte a maratona, nem que seja uma caminhada, para que o processo de remoção de metabólitos gerados durante a prova seja acelerado. Também há os que consideram fundamental interromper todas as atividades por uma semana e que o retorno ao treinamento sistemático deverá ser reiniciado somente após duas, três ou até quatro semanas pós-maratona.
Em geral, eu defino este período de acordo com a recuperação física e a motivação do corredor em retornar aos treinos. Cada caso é um caso. Realizar alguma outra prova durante esse período não faz sentido, porque o atleta estará exatamente no período de transição e não mais no competitivo. Os resultados obtidos, caso alguma prova aconteça nesse período, não servirão nem de referência, já que o resultado será prejudicado pelo desgaste sofrido na maratona.
O importante é compreender que após completar uma maratona, não há necessidade de treinamento.
Ignorar o período de transição é incoerente, assim como é treinar para uma prova de 42 km sem nenhum planejamento.
Realizar algumas atividades que não seja a corrida e mantendo-se ativo pode ser uma boa opção, já que haverá uma quebra do sistema de treino a que o atleta se submetia e, dessa maneira, tanto a parte fisiológica quanto a psicológica irão deixá-lo apto ao próximo ciclo de treinamento.
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"Quando iniciei no mundo da corrida, a primeira coisa que procurei foi o acompanhamento de um profissional da área. Hoje após mais de 2 anos não me resta dúvidas que escolhi uma baita assessoria, comandada por um grande profissional. A Marcelo Camargo Treinamento tem seu diferencial nos detalhes do acompanhamento individualizado de cada atleta, sem falar nos “ouros” compartilhados diariamente com seus alunos."
Fausto Luiz Alves - Araçuai/MG
Foto : Meia Maratona de Buenos Aires
2019