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  • Foto do escritorMarcelo Camargo

Correr ou competir. Eis a questão!

Por Marcelo Camargo


Em dias de prova, sabemos que a maioria dos corredores está ali justamente para participar, o que se comprova pelos resultados individuais obtidos nesses eventos. Uma minoria participa de maneira competitiva – cenário bem diferente do que vivenciei nas décadas de 80 e 90, quando o contrário acontecia. Talvez por existirem menos provas, o corredor treinava muito e competia pouco.


Em diversas competições, é possível encontrar grupos de amigos caminhando e batendo papo na “Corrida Tal”. Se é “corrida”, não entendo por que pagar inscrição para caminhar, com exceção das provas que têm a “caminhada da família”.


Mas não irei filosofar sobre esse tema e discutir a questão do lazer, saúde, qualidade de vida ou socialização que o esporte proporciona. A minha intenção é explorar a didática, a organização e a metodologia utilizadas no planejamento de um treinamento para quem irá competir uma determinada prova.


Independentemente de chegar entre os primeiros, todos que treinam buscam resultados dentro da sua capacidade limite de performance. No entanto, uma cena recorrente para nós, treinadores de corrida, é aquela em que seu futuro atleta o procura, mas nem ele mesmo sabe dizer quais metas têm para este ano ou de quais provas irá participar — ou quer participar de todas! Sem isso, é impossível planejar e prescrever treinos de corrida. É preciso, antes de tudo saber onde está e aonde quer chegar para, a partir daí, decidir qual caminho percorrer até esse objetivo.


Durante esse processo de treinamento, chegamos a um período denominado competitivo. Pelo simples fato de estarem inscritos semanalmente em provas, muitos corredores não chegam a essa fase em uma preparação, ou seja, não competem; apenas correm!


No período competitivo, esperamos que o corredor atinja o seu pico de performance, após passar por uma preparação a médio ou longo prazo, feita através do período de base e de períodos específicos de treinos.


Mas como alcançar esse “pico” se não houve um planejamento adequado?


Resposta: Não tem como.


A cada prova, uma medalha de participação, porém, não com o melhor resultado que poderia ter alcançado. Não acredita? Experimente conversar com seu treinador, planejar melhor seu treinamento e participar de menos competições. O resultado é surpreendente.


A corrida é a modalidade esportiva citada como a mais clássica para periodização do treinamento, diferentemente do futebol, em que o atleta compete a cada semana ou até duas vezes numa mesma semana. Sendo clássica, podemos e devemos aproveitar essa oportunidade para planejar, organizar e nos orientar através de um processo coerente de treinamento, e não apenas “correr” alguma prova toda semana.


Participar de provas faz parte, mas nem sempre se deve buscar a melhor performance nesse momento, pois as competições, durante o treinamento, servem como controle e nos orientam para os ajustes necessários até a performance final.


O processo de elaboração do treinamento, descrito abaixo, irá ajudá-lo a compreender melhor a diferença entre treinar e competir:


1 – Definição da meta-alvo;


2 – Elaboração do calendário (macrociclo de treinamento);


3 – Definição de provas-controle;


4 – Divisões dos períodos de treinamento (mesociclo);


5 – Definição da carga de treinamento (volume, intensidade, freqüência semanal, duração);


6 - Elaboração dos microciclos (semanais);


7 – Elaboração da sessão de treino.


Em ordem de importância, o “todo” é mais importante que a sessão de treino.


Já tinha parado pra pensar sobre isso?


O corredor se preocupa com o treino que irá fazer hoje, enquanto, na verdade, a sessão de um dia de treino é o ponto menos relevante no planejamento.


Correr é complexo?


Sim! É complexo.


Porém, competir bem fica fácil depois de um planejamento bem executado.


Você tem alguma dúvida sobre treinamento ou quer a opinião do Marcelo?

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"Entrei para Assessoria Marcelo Camargo Treinamento em janeiro de 2018 e até então não tinha noção do que era treinamento de corrida.

Hoje percebo a importância do acompanhamento de um técnico para prescrição dos treinos baseados na vivência, experiência e conhecimento técnico-científico e esses pontos encontramos facilmente nos treinamentos prescritos por Marcelo.

Digo que ele se faz presente mesmo distante, o acompanhamento individualizado de cada aluno faz com que os resultados venham."


Goretti Farias - Recife/PE

(Meia Maratona de BsAs 2019)


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