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  • Foto do escritorMarcelo Camargo

Por que você não corre?

Por Marcelo Camargo


Porque você corre? Muito comum ouvir essa indagação, vinda dos familiares e amigos, principalmente daqueles que não correm ou que não fazem qualquer exercício físico.


Acredite, mesmo após 30 anos participando de provas, minha mãe ainda me pergunta seu ganhei a corrida. Quando a pergunta varia é algo como “Se você não ganha, por que corre?”


E os amigos…

- Que lugar você chegou na São Silvestre?

– Ah, sei lá, 542, eu acho.

– Nossa! Você é ruim, hein

– Mas tinham quase 20 mil corredores.

– Ué, então até que você é bom!


Dica: Se você ainda é um corredor recém lançado ao mundo das corridas, aguarde. Essas perguntas farão parte da sua vida para sempre. Caso tenha se colocado em uma situação como a minha, temos algo em comum. Somos corredores.


Alguns responderão essa pergunta parafraseando nomes de blogs sobre corrida: Por que corro? Porque correr é minha vida, porque vivo para correr, porque a corrida mudou a minha vida, porque somos amantes da corrida, porque Born to run.


São diversos os motivos que levam uma pessoa a correr e assim costumo analisar e entender porque cada um tomou essa decisão antes de elaborar o treinamento do futuro atleta e acompanhá-lo durante anos nessa vida esportiva, que até certo ponto é considerada saudável.


Pensando em uma boa justificativa para argumentar tecnicamente os motivos da escolha pessoal em começar a correr e permanecer correndo, tomemos alguns exemplos:


“Não corro porque tenho preguiça” Profilático é o que se refere aquilo que é preventivo. No caso da corrida, a prevenção de doenças. Esse fator é dado por muitos como a principal razão para suas estréias nas corridas. Ter uma vida mais saudável, abandonar os vícios, ter mais qualidade de vida. Durante muitos anos a atividade física teve um papel secundário na sociedade até o surgimento de doenças consideradas do mundo moderno como o estresse, geralmente provocado pelo excesso de trabalho, sono reduzido e sedentarismo. Assim muitos viram a corrida como uma válvula de escape. A ficha caiu!


“Não corro porque não tenho tempo” Terapêutico é relativo ao tratamento das doenças, sendo assim, a corrida se torna um excelente remédio para os males adquiridos, entre eles os considerados fatores de risco coronarianos: obesidade, fumo, sedentarismo, pressão arterial elevada, colesterol elevado, diabetes, alem da osteoporose e outras dezenas de patologias. Uma frase que ficou famosa no meio acadêmico é: “Se você não tem tempo hoje para cuidar da saúde, terá que arrumar tempo no futuro para cuidar da sua doença”. Assim, muitos ingressam na corrida após sugestão medica ou ate mesmo por decisão própria em ter uma vida com menos visita aos hospitais. Ainda bem!


“Não corro porque estou acima do peso” Estético está associado ao que é belo aquilo que tem beleza perante aos “olhos dos outros”. – “A corrida é ótima pra emagrecer!”, disse o rapaz ao descobrir que seu amigo perdera alguns quilos extras praticando essa modalidade. Essa descoberta leva muitos à corrida em busca da estética perfeita ou preferida. É interessante perceber que uma situação puxa a outra. Ao iniciar a corrida por fins estéticos a pessoa estará automaticamente realizando uma atividade profilática e ao mesmo tempo terapêutica sem se dar conta disso. Resultado: vida longe de/ou com menos doenças, já que esse meio de treinamento previne e remedia os males adquiridos ao longo dos anos e consequentemente trazem um resultado estético desejado. Dos males o menor!


“Não corro porque não agüento correr” Aptidão física é a capacidade de realizar atividades do dia a dia com menos esforço ou pelo lado da performance é a capacidade de aprimorar as qualidades físicas: agilidade, coordenação, equilíbrio, flexibilidade, força, resistência e velocidade. Muitos dizem: “corro para melhorar minha aptidão física”, portanto é em alguma dessas qualidades que estão pensando. Melhorar a aptidão física é uma forma de se sentir bem, física e mentalmente, ter mais saúde, mais qualidade de vida, menos problemas físicos, ou seja, se sentir melhor!


“Não corro porque é monótono” Meta pessoal é definida em termos quantitativos e com um prazo determinado para cumprir algo. Está aí uma boa justificativa da razão porque eu corro e porque não a deixo ser monótona. Aqueles que começam a correr estabelecem um objetivo, seja correr uma prova de 5 km ou 10 km, depois de um bom tempo de treinamento almejam degraus maiores e estabelecem metas para os mesmos objetivos como, melhorar o tempo (quantificar) em determinado período (3 meses de treinamento, por exemplo). Tenha uma meta!


“Não corro porque prefiro ficar em casa no meu tempo livre” Lazer é definido como a forma de uma pessoa utilizar seu tempo dedicando-se a uma atividade que goste e que não seja considerado trabalho. Para alguns atletas, correr pode ser considerado trabalho, afinal é o seu sustento. Corredores profissionais vivem financeiramente da corrida, assim como os treinadores (e me incluo nessa). A corrida no meu caso é trabalho e lazer em momentos distintos. Para os demais, não tenho duvida que seja lazer e um dos momentos mais esperados do dia. Saia de casa, divirta-se!


E assim temos ótimas justificativas, todas com argumentos para quando lhe perguntarem porque corre? Por que é profilática, terapêutica, por aptidão física, por estética, por meta pessoal, por lazer ou por todas juntas.


É por isso que eu corro!


Thaíse Saraiva

Macéio/ AL

Servidora Pública

Atleta MCT desde Fevereiro/2019

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